Vol. 11/ Núm. 1 2024 pág. 132
https://doi.org/10.69639/arandu.v11i1.190
Uso das TIC’S no planejamento de geografia, na percepção
dos professores do ensino médio estadual, no Município de
Santana/Amapá-BrasiL, em 2023
Use of ICTs in geography planning, in the perception of state high school teachers, in
the Municipality of Santana/Amapá-Brazil, in 2023
Uso de las TIC en la planificación geográfica, en la percepción de los profesores de
escuelas secundarias estatales, en el Municipio de Santana/Amapá-Brasil, en 2023
Raquel Alves Cavalcante
raquelcavalcante39@gmail.com
Mestrado em Ciências da Educação
Universidade Tecnologica Intercontinental UTIC
Faculdade de Ciências Humanas e Ciências Exatas - FACHCE
Artículo recibido: 15 marzo 2024 - Aceptado para publicación: 26 mayo 2024
Conflictos de intereses: Ninguno que declarar.
RESUMO
O presente artigo trata sobre o Uso das TIC’S no planejamento de Geografia, na percepção dos
professores do Ensino Médio Estadual, no Município de Santana/Amapá-BrasiL, em 2023, com
o objetivo de Demonstrar a percepção dos professores de geografia do Ensino Médio Estadual no
município de Santana/Amapá-Brasil em 2023, quanto ao uso das TIC’s no planejamento de
ensino. Este estudo fez uso da pesquisa bibliográfica e pesquisa de campo. Enfoque quantitativo,
com nível de profundidade descritivo, desenho não experimental, foi usado um questionário
policotômico fechado, em uma escala com 5 níveis de concordância: Nível 1. Discordo
totalmente; Nível 2. Discordo; Nível 3. Indiferente (ou neutro); Nível 4. Concordo; Nível 5.
Concordo totalmente. A população foi de 39 professores da disciplina Geografia do ensino médio
de 10 (dez) escolas estaduais que funcionam no município de Santana, no Estado do Amapá, em
2023, com amotra de 25 professores de 05 (cinco) escolas, amostragem não probabilística por
conveniência. A partir dos dados coletados, foi realizada a verificação, depuração, classificação,
tabulação e elaboração de tabelas e gráficos. Por conseguinte obteve-se os resultados: Nível 5 =
concordaram totalmente, 55% das respostas, Nível 4 = concordaram, 44% ou seja, que que o uso
das TIC’s é eficaz no planejamento de ensino de Geografia. Nível 3 = indiferente ou neutro, 1%
de resposta sobre uso das TIC’s ser ou não eficaz a partir dos assuntos estudados nesta
investigação. Não houve resposta no Nível 2 = discordo, e no Nível 1 = discordo totalmente.
Palavras chaves: TIC’S, planejamento do ensino de geografia, conhecimento de base
legal, formação de professor, prática docente
Vol. 11/ Núm. 1 2024 pág. 133
ABSTRACT
This article deals with the Use of ICTs in Geography planning, in the perception of State High
School teachers, in the Municipality of Santana/Amapá-Brasi, in 2023, with the aim of
demonstrating the perception of State High School geography teachers in the municipality of
Santana/Amapá-Brazil in 2023, regarding the use of ICTs in teaching planning. This study made
use of bibliographical research and field research. Quantitative approach, with a descriptive level
of depth, non-experimental design, a closed polychotomous questionnaire was used, on a scale
with 5 levels of agreement: Level 1. Totally disagree; Level 2. Disagree; Level 3. Indifferent (or
neutral); Level 4. I agree; Level 5. I completely agree. The population was 39 high school
Geography teachers from 10 (ten) state schools operating in the municipality of Santana, in the
State of Amapá, in 2023, with a sample of 25 teachers from 05 (five) schools, non-probabilistic
sampling by convenience. From the collected data, verification, debugging, classification,
tabulation and creation of tables and graphs were carried out. Therefore, the results were obtained:
Level 5 = completely agreed, 55% of the responses, Level 4 = agreed, 44%, that is, that the use
of ICTs is effective in Geography teaching planning. Level 3 = indifferent or neutral, 1% response
on whether or not the use of ICTs is effective based on the subjects studied in this investigation.
There was no response at Level 2 = disagree, and at Level 1 = totally disagree.
Keywords: ICT, geography teaching planning, legal knowledge, teacher training,
teaching practice
RESUMEN
Este artículo trata sobre el Uso de las TIC en la planificación de la Geografía, en la percepción de
los profesores de Geografía de la Escuela Secundaria Estatal, en el Municipio de Santana/Amapá-
Brasi, en 2023, con el objetivo de demostrar la percepción de los profesores de geografía de la
Escuela Secundaria Estatal del municipio. de Santana/Amapá-Brasil en 2023, sobre el uso de las
TIC en la planificación de la enseñanza. Este estudio hizo uso de investigación bibliográfica y de
campo. Enfoque cuantitativo, con un nivel descriptivo de profundidad, diseño no experimental,
se utilizó un cuestionario policotómico cerrado, en una escala con 5 niveles de acuerdo: Nivel 1.
Totalmente en desacuerdo; Nivel 2. En desacuerdo; Nivel 3. Indiferente (o neutral); Nivel 4. Estoy
de acuerdo; Nivel 5. Estoy completamente de acuerdo. La población fue de 39 profesores de
Geografía de secundaria de 10 (diez) escuelas públicas que funcionan en el municipio de Santana,
en el Estado de Amapá, en 2023, con una muestra de 25 profesores de 05 (cinco) escuelas,
muestreo no probabilístico por conveniencia. . A partir de los datos recolectados se realizó
verificación, depuración, clasificación, tabulación y creación de tablas y gráficos. Por lo tanto, se
Vol. 11/ Núm. 1 2024 pág. 134
obtuvieron los resultados: Nivel 5 = completamente de acuerdo, 55% de las respuestas, Nivel 4 =
de acuerdo, 44%, es decir, que el uso de las TIC es efectivo en la planificación de la enseñanza
de Geografía. Nivel 3 = indiferente o neutral, 1% de respuesta sobre si el uso de las TIC es efectivo
o no con base en los sujetos estudiados en esta investigación. No hubo respuesta en el Nivel 2 =
en desacuerdo y en el Nivel 1 = totalmente en desacuerdo.
Palabras clave: TIC, planificación de la enseñanza de geografía, conocimientos
jurídicos, formación del profesorado, práctica docente
Vol. 11/ Núm. 1 2024 pág. 135
INTRODUÇÃO
Uso das TIC’S no planejamento de geografia, na percepção dos professores do ensino médio
estadual, no Município de Santana/Amapá-BrasiL, em 2023
A era da informação e da comunicação exige que a escola organize seu currículo, crie um
ambiente de aprendizagem rica em recursos, onde haja acesso às novas tecnologias de
comunicação. Educar numa sociedade de informação e comunicação não é só adquirir um
conjunto de técnicas fundamentais para a utilização das tecnologias, mas adquirir competências
essenciais que permitam os conhecimento sejam postos em prática. Neste sentido, cabe ao
professor dominar a tecnologia, inserir os meios na ação curricular democratizar o uso das TIC’s,
ver-se como sujeito de mediação, dar significado e sentido ao volume de informação que invade
o cotidiano.
O interesse dessa investigação foi demonstrar a percepção dos professores de geografia do
Ensino Médio Estadual, quanto ao uso das TIC’s no planejamento de ensino. Teve como objetivo
geral: Demonstrar a percepção dos professores de geografia do Ensino Médio Estadual no
município de Santana/Amapá-Brasil em 2023, quanto ao uso das TIC’s no planejamento de
ensino. Os objetivos específicos foram: Evidenciar o uso das TIC’s no planejamento de ensino de
Geografia, quanto ao conhecimento de base legal: LDB/96, PCN-EM/1999, OCEM/2006 e
BNCC- EM/2018; Identificar o uso das TIC’s no planejamento de ensino de Geografia, quanto à
formação de professores: formação inicial e formação continuada; Mostrar o uso das TIC’s no
planejamento de ensino de Geografia, quanto à prática docente: otimização, diversificação e
flexibilização.
A pesquisa tem relevância por três pontos de vista: Teórico, metodológico e social. Pois a
pandemia causada pelo Covid-19, o professor intensifica o uso das TIC’s no seu fazer pedagógico,
buscando melhor atendimento aos alunos.
Do ponto de vista teórico: os resultados da pesquisa de investigação contribuíram para o
estudo na forma de entender o uso das TIC’s no planejamento de geografia.
Com relação à relevância metodológica: os resultados dos procedimentos metodológicos
desta pesquisa de investigação ofereceram orientações e instrumentos para subsidiar os docentes
de geografia.
Em terceiro lugar a contribuição social: os resultados desta pesquisa de investigação
contribuíram com sugestões de ferramentas para auxiliar a práticas dos docentes de geografia.
A estrutura do trabalho perpassa por três tópicos, articulados entre si: Uso das TIC’s no
planejamento de ensino de Geografia, quanto ao conhecimento de base legal: LDB/96, PCN-
EM/1999, OCEM/2006 e BNCC- EM/2018; Uso das TIC’s no planejamento de ensino de
Geografia, quanto à formação de professores: formação inicial e formação continuada; Uso das
TIC’s no planejamento de ensino de Geografia, quanto à prática docente: otimização,
Vol. 11/ Núm. 1 2024 pág. 136
diversificação e flexibilização. Como tema-problema, esta investigação foi saber qual a percepção
dos professores de geografia quanto ao uso das TIC’s no planejamento de ensino. Com o
fechamento das escolas, a maioria das aulas passaram para a modalidade de ensino remoto. Com
isso o professor de geografia, buscou alternativas ao organizar seu planejamento, com intuito de
consegui com que seus alunos tenham um bom aproveitamento, visto que a situação do momento
era desafiadora, pois, sabe-se que, alguns professores não têm habilidades com a tecnologia.
Uso das TIC’s no planejamento de ensino de geografia, quanto ao conhecimento de base
legal: LDB/96, PCN-EM/1999, OCEM/2006 e BNCC- EM/2018
Planejamento é o processo de estabelecer objetivos e metas. Segundo Libâneo (2013, p.
245) [...] O planejamento é um meio para programar as ações docentes, mas é também um
momento de pesquisa e reflexão intimamente ligado à avaliação.”
Ao que concerne ao planejamento das aulas de Geografia deve ser organizado de acordo
com as competências e habilidades desejadas.
A Geografia que se quer ensinar para o ensino médio deve ser pensada no sentido de formar
um cidadão que conheça os diferentes fenômenos geográficos da atualidade tendo em vista
o processo de globalização e suas rupturas, dadas pela resistência dos movimentos sociais
e as contradições inerentes ao sistema capitalista, além de privilegiar os diferentes cenários
e atores sociais, políticos e econômicos em diferentes momentos históricos. As novas
tecnologias de informação e a cartografia passam a ter também um papel importante na
compreensão do mundo (BRASIL, 2006, p.56).
O uso das TIC’s na organização do planejamento das aulas de Geografia favorece novas
estratégias e metodologias de ensino e de aprendizagem com intuito de integrar os conhecimentos
e a construção coletiva entre os agentes educativos.
A modernidade e o avanço tecnológico acabam por impor mudanças radicais de
comportamento e quebras de modelos mentais. As TIC’s passam a ser essenciais em diversos
campos de trabalho e, em consequência disso, o processo de informatização como fenômeno
globalizado acaba sendo inerente a questão educacional.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB 9.394/96, fala sobre o uso da
tecnologia no planejamento conforme determina o Art. 36 da referida Lei:
[...] § Os conteúdos, as metodologias e as formas de avaliação serão organizados de tal
forma que ao final do ensino médio o educando demonstre:
I - domínio dos princípios científicos e tecnológicos que presidem a produção moderna;
II - conhecimento das formas contemporâneas de linguagem;
[...] (BRASIL, 1996).
Neste sentido, a necessidade de planejar e contextualizar os conteúdos em conformidade
com o que preconiza a Lei supracitada, deve estar em evidência na prática pedagógica do
Vol. 11/ Núm. 1 2024 pág. 137
professor.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (PCN-EM) evidenciam a
necessidade do aprendizado com novas tecnologias incorporadas ao programa curricular das
escolas e consequentemente, ao planejamento do professor. [...] Ler, analisar e interpretar os
códigos específicos da Geografia (mapas, gráficos, tabelas etc.), considerando-os como elementos
de representação de fatos e fenômenos espaciais e/ou espacializados” (BRASIL, 1999. p. 35).
O Ministério da Educação (MEC), elaborou as Orientações Curriculares para o Ensino
Médio (OCEM/2006), um documento com intuito de colaborar os professores organização da
metodologia e dos conteúdos curriculares de ensino necessários à elaboração do seu
planejamento.
A importância da Geografia no ensino médio está relacionada com as múltiplas
possibilidades de ampliação dos conceitos da ciência geográfica, além de orientar a
formação de um cidadão no sentido de aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a
conviver e aprender a ser, reconhecendo as contradições e os conflitos existentes no mundo.
Nesse sentido, um dos objetivos da Geografia no ensino médio é a organização de
conteúdos que permitam ao aluno realizar aprendizagens significativas. Essa é uma
concepção contida em teorias de aprendizagem que enfatizam a necessidade de considerar
os conhecimentos prévios do aluno e o meio geográfico no qual ele está inserido. (BRASIL,
2006.p.44).
Daí a necessidade do planejamento estar embasado nessas orientações. “A riqueza do
processo de planejamento está exatamente na oportunidade que ele cria para se proceder a uma
revisão de todos os pressupostos e práticas até então adotadas” (RUSSO, 2016, p. 195).
A Base Nacional Comum Curricular do Ensino Médio-BNCC-EM/2018 ressalta que o
planejamento deve ser organizado para atender a necessidade do aluno. No caso da disciplina
Geografia, por meio do planejamento conforme a BNCC/2018, é possível:
Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própriadas ciências, incluindo a
investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar
causas, elaborar e testarhipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive
tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas. (BRASIL, 2018, p. 9).
As orientações apresentadas na BNCC-EM evidenciam que o professor deve despertar a
curiosidade dos alunos e isso se faz por meio do planejamento usando as TIC’s para entender o
funcionamento e as relações homem/natureza.
Segundo Freire (2018, p. 162), “[...] a condição humana fundante da educação é
precisamente a inconclusão de nosso ser histórico de que nos tornamos conscientes. [...]”,
acredita-se que o homem é um ser inacabado e sua incompletude o induz a uma busca incessante
por outros entes que possam completá-lo, possui inteligência que o difere dos demais seres vivos.
Vol. 11/ Núm. 1 2024 pág. 138
Moran (2000), ressalta que a educação exige mudança, mesmo porque a própria sociedade
mudou. Sendo mais dinâmica e complexa, como são as exigências de qualificação e
aperfeiçoamento.
Uso das TIC’s no planejamento de ensino de Geografia, quanto à formação de professores:
formação inicial e formação continuada
O uso das TIC’s escada vez mais incorporado na educação. Logo os professores, ao
desenvolver suas funções, precisam sentir a necessidade de estar atualizado com as
transformações que ocorreram e ainda ocorrem no meio educacional, mais precisamente no
planejamento das aulas de geografia no ensino médio. Para tanto, a formação inicial estar voltada
para dinâmica da vida pedagógica. O processo de ensino e aprendizagem deve ser um contínuo
e requer integração dos conteúdos para que se tenha acesso às informações e compartilhem
conhecimentos.
Todavia, as ações de mudanças na educação deverão ser contínuas e que seja algo criado a
partir de reflexões entre educadores e educandos, que não sejam originadas a partir de cobranças
feitas pelo sistema educacional. Esta nova maneira de ensinar, ou seja de compartilhar
conhecimentos, deve desenvolver novas competências e habilidades nos alunos, os quais tornarão
capazes de sobreviver num mundo globalizado e transformando-se em construtores de suas
próprias histórias, capazes de aprender a aprender, socializar conhecimentos, numa atualização
constante, onde o ato de pensar tem papel significativo nessa construção.
Com essa leitura, a formação básica a ser buscada no Ensino Médio se realizar-semais
pela constituição de competências, habilidades e disposições de condutas do que pela
quantidade de informação. Aprender a aprender e a pensar, a relacionar o conhecimento
com dados da experiência cotidiana, a dar significado ao aprendido e a captar o significado
do mundo, a fazer a ponte entre teoria e prática, a fundamentar a crítica, a argumentar com
base em fatos, a lidar com o sentimento que a aprendizagem desperta. (BRASIL, 1999. p.
74).
O currículo escolar reflete todas as experiências relacionadas aos conhecimentos que serão
proporcionados aos, agora, professores curso de lincenciatura em geografia.
O sistema de ensino prevê que um grupo de técnicos e professores determinem quais os
conteúdos deverão fazer parte do currículo escolar, e também a sequência que estes deverão ser
ensinados. O currículo deve ser voltado para as competências básicas que precisam ser
desenvolvidas pelos alunos.
Tal realidade obriga a escola, enquanto agente corresponsável pela formação social do
indivíduo, a rever seu currículo e transformá-lo, na verdade, adaptá-lo a esta nova sociedade.
Para Kuenzer (1998), as novas políticas oficiais devem propiciar o rompimento com o
modelo tradicional adentrado no âmbito educacional, pois, se torna difícil uma educação de
Vol. 11/ Núm. 1 2024 pág. 139
qualidade que se mantêm atrelada a um modelo curricular descontextualizado. Segundo a autora
é preciso observar:
[...] novas formas de organização e gestão do sistema produtivo, a partir da crescente
incorporação de ciência e tecnologia, através da substituição de tecnologias gidas por
tecnologias de base microeletrônica com suas decorrentes inovações nas áreas de materiais
e equipamentos, vem causar profundos impactos sobre os processos pedagógicos. Se passa
a exigir do homem novos conhecimentos e novas atitudes no exercício de suas múltiplas
funções, como ser social, político e produtivo. (KUENZER,1998, p. 4)
Este novo modelo de educação assumido acelerou a implantação de cursos de formação
continua, o que reflete diretamente no ambiente escolar. Assim, Moraes (2000) explica que:
[...] uma das metas educacionais é levar o indivíduo a manejar e produzir conhecimentos,
a desenvolver valores e atitudes que permitam a adaptação às mudanças e às novas
exigências do mercado de trabalho, como desafio fundamental que decide a possibilidade
e a qualidade de sua participação no mundo atual (MORAES, 2000, p. 119).
Não se pode esquecer que a “qualificação e requalificação permanente dos docentes em
exercício está sob a responsabilidade das Secretarias de Estado de Educação em articulação com
as universidades” (KUENZER, 1998, p. 8). O Ministerio da Educação e Cultura - MEC toma-se
para si a incumbência da formação continuada, e que o mesmo fosse o principal interventor junto
às universidades.
Art. 62-A. A formação dos profissionais a que se refere o inciso III do art. 61 far-sepor
meio de cursos de conteúdo técnico-pedagógico, em nível médio ou superior, incluindo
habilitações tecnológicas.
Parágrafo único. Garantir-se-á formação continuada para os profissionais a que se refere o
caput, no local de trabalho ou em instituições de educação básica e superior, incluindo
cursos de educação profissional, cursos superiores de graduação plena ou tecnológicos e
de pós-graduação. (BRASIL, 1996).
Porém, não se pode negar que as políticas públicas educacionais estabelecidas pelo MEC,
na organização teórica têm contribuído de maneira expressiva, carecendo sua efetivação no campo
prático das condições, o que possibilitaria aos educadores a ampliação dos conhecimentos, bem
como a continuidade dos estudos, e seus reflexos na aprendizagem dos educandos. Dentre as
iniciativas do Ministério da Educação - MEC configuram-se os planos, conferências e as leis, que
devem ser as bases norteadoras da educação básica e da valorização do educador.
[...] os processos de formação de profissionais da educação, associados ao uso das
potencialidades das TICs, redimensionam o professor como sujeito intelectual, capaz de
interpretar o mundo e traz uma criticidade no seu olhar, uma vez que é formador de opinião
e que tem como pressuposto à sua condição dialética, a relação com o aluno como
Vol. 11/ Núm. 1 2024 pág. 140
insubstituível em sua natureza e, por sua vez o aluno espera ser reconhecido como pessoa
e valoriza no professor qualidades que os ligam afetivamente. Dessa forma, aprender e
ensinar torna-se um processo mútuo de solidariedade, de saberes e de humildade. A
sapiência do professor é entender os processos formativos e não apenas dominar o conteúdo
à formação dos sujeitos-alunos. (HETKWSKI, 2009 p.248)
Ao professor recai a incubencia de procurar se aperfeiçoar para o sua tarefa pedagógica. É
fundamental, portanto, que as instituições educacionais ofereçam suporte e capacitação para que
os professores possam utilizar as tecnologias de forma adequada e produtiva, de modo a aprimorar
o processo de ensino e aprendizagem (BITTENCOURT; ALBINO, 2019).
Assim, cabe ao professor buscar novos conhecimentos e esteja disposto a aprender sempre, pois
o universo tecnológico estar em constante mudança, logo novas estratégias metodológicas sáo
necessárias nos processos educacionais intra e extraescolares.
Uso das TIC’s no planejamento de ensino de Geografia, quanto à prática docente:
otimização, diversificação e flexibilização
O uso das TICs estimula o pensamento crítico do aluno, especialmente na disciplina de
Geografia, pois o incentiva a relacionar o conteúdo às suas experiências pessoais e compreender
com mais precisão o espaço geográfico, resultando em uma aprendizagem com qualidade e
significado.
Uso das TIC’s no planejamento de ensino de Geografia, otimizam a elaboração dos planos
de aulas proporcionado ao professor as melhores alternativas para o alcance dos objetivos
propostos.
É possível criar usos múltiplos e diferenciados para as tecnologias. Nisso está o seu
encantamento, o seu poder de sedução [...]. Podemos fazer coisas diferentes com as mesmas
tecnologias [...] cada tecnologia modifica algumas dimensões da nossa inter-relação com o
mundo, da percepção da realidade da interação com o tempo e o espaço [...]. Posso morar
em um lugar isolado e estar sempre ligado aos grandes centros de pesquisa, as grandes
bibliotecas, aos colegas de profissão, a inúmeros serviços. Posso fazer boa parte ao trabalho
sem sair de casa [...] (MORAN, 2019. p. 3)
O ambiente informatizado permite que o aluno tenha controle nesse processo, fazendo
escolhas e construindo seu conhecimento no processo de ensino e aprendizagem. A aprendizagem
significativa deve ser ativa, construtiva, reflexiva, colaborativa, intencional, complexa, contextual
e coloquial.
De acordo com Lima (2021), o processo de ensino e aprendizagem é uma construção do
conhecimento, que deve ser adaptada a diferentes estratégias e estilos de aprendizagem, de modo
a integrar o indivíduo ao ambiente de aprendizagem. Para que esse processo de diversificação
seja efetivo, é fundamental que haja motivação, e cabe ao educador criar um ambiente propício à
Vol. 11/ Núm. 1 2024 pág. 141
construção do conhecimento, estimulando o aluno a desenvolver-se a partir do conteúdo abordado
em aula (ALVES JUNIOR; CARMO; TRAVASSOS, 2009).
A sociedade oferece muitos atrativos (redes socias, jogos eletrônicos, aplicativos para
aparelhos celulares) que podem ser mais atraentes do que o ambiente escolar, e por essa razão é
importante que o educador seja um motivador, sempre buscando inovações no processo de ensino
e aprendizagem.
A tecnologia educacional é fundamentalmente a relação entre tecnologia e educação, que
se concretiza em princípios e processos de ação educativa, gerando produtos educativos,
todos resultantes da aplicação do conhecimento científico e organizado à solução ou
encaminhamento de problemas e processos educacionais (NETO, 1982, p. 2).
A construção de práticas pedagógicas, por meio de um planejamento de ensino focado no
uso das TIC’s, com o auxílio das TICs, deve ter como intuito facilitar o processo de ensino e
aprendizagem. Nestes termos, o planejamento de ensino associado às TIC’s ajuda estabelecer as
relações entre o local e o global, inclusive despertar o interesse dos alunos, os quais fazem parte
da sociedade da informação, estes por sua vez habituados cotidianamente a lidar com diferentes
aparatos tecnológicos.
O conhecimento histórico do desenvolvimento de técnicas e de tecnologias produzidas
pelo homem desde o começo dos tempos contribuiu de maneira significativa no processo
de evolução da humanidade. Permitindo mudanças de hábitos culturais, somados a novos
saberes de forma cada vez mais veloz e dinâmica. (CHAVES, 1999, p. 23).
Chaves (1999) concebe essa evolução do ser humano desde a fala, passando pela escrita
alfabética, imprensa (livro), chegando até o conjunto de tecnologias audiovisuais cada vez mais
portáteis e integradas em apenas um dispositivo eletrônico, como o celular e o computador.
Registra-se que num primeiro momento eram utilizados de forma isolada e que agora, somados
aos recursos da informática e da internet, ampliam consideravelmente o poder de criação e
comunicação do homem.
Conforme Lévy (1996), por estarem inseridas na vida do homem moderno as TIC’s
propiciam novos olhares para a filosofia do conhecimento e são responsáveis por novas maneiras
de elaboração e distribuição do saber.
Na prática docente, a utilização de ferramentas tecnológicas é uma maneira eficaz de flexibilizar
o palnejamneto, tornando os conteúdos mais interessantes e importantes para os alunos,
permitindo-lhes ter uma ampla visão do mundo em que vivem, desde o local até o global.
No ensino de Geografia, a utilização de imagens de satélite, permite identificar e
relacionar elementos naturais e sócios econômicos presentes na paisagem tais como
serras, planícies, rios, bacias hidrográficas, matas, áreas agricultáveis indústrias, cidades,
bem como acompanhar resultados da dinâmica do seu uso, servindo, portanto como
Vol. 11/ Núm. 1 2024 pág. 142
importante subsídio à compreensão das relações entre os homens e suas consequências
no uso e ocupação dos espaços e nas implicações com a natureza (SANTOS, 2014. p. 6).
Na era da globalização, as informações são abundantes e em constante mudança, tornando
difícil assimilá-las sem o auxílio de ferramentas tecnológicas.
[...] essa globalização tem de ser encarada a partir de dois processos paralelos. De um lado,
dá-se a produção de uma materialidade, ou seja, das condições materiais que nos cercam e
que são a base da produção econômica, dos transportes e das comunicações. De outro há a
produção de novas relações sociais entre países, classes e pessoas (SANTOS, 2008, p. 65).
A inclusão dessas ferramentas no ensino de Geografia possibilita ao professor capturar a
atenção do aluno, aumentando o interesse e proporcionando um entendimento mais preciso dos
conteúdos estudados. O uso de tecnologia nas aulas de Geografia, portanto, pode ser um caminho
promissor para uma aprendizagem mais significativa e contextualizada (BONILLA; PRETTO,
2015).
Embora a tecnologia esteja cada vez mais presente no cotidiano dos indivíduos, muitos
professores ainda resistem ao uso dessas ferramentas em seus planos de aula. Um dos principais
motivos para essa resistência é a insegurança dos educadores em trabalhar com tecnologia, uma
vez que muitos deles não possuem um conhecimento completo sobre o assunto. Essa falta de
capacitação é agravada pela carência de cursos de formação oferecidos pelas instituições
educacionais, mesmo que a inclusão da tecnologia em sala de aula esteja prevista na Base
Nacional Comum Curricular - BNCC, que serve como referência para a educação básica no país
(BONILLA; PRETTO, 2015).
Assim, é importante que as instituições ofereçam capacitação constante aos professores,
para que eles se sintam seguros em usar a tecnologia como um recurso didático, permitindo que
os alunos possam ter acesso a uma educação atualizada e de qualidade, alinhada às demandas da
sociedade contemporânea, que valoriza a interação e a comunicação por meio da tecnologia. A
falta de preparação dos profissionais quanto ao uso de meios tecnológicos é um fator negativo
para o processo de formação dos estudantes, uma vez que, na atualidade, as crianças, adolescentes
e jovens estão mais informados e esperam aulas mais dinâmicas e interativas (JULIANO;
LAURINO; SILVA, 2021).
MATERIAIS E MÉTODO
Nesta pesquisa de investigação, a população foi 25 (vinte e cinco) professores da disciplina
Geografia do ensino médio de 05 (cinco) escolas estaduais que funcionam no município de
Santana, no Estado do Amapá, em 2023: E.E. Prof. José Barroso Tostes; E.E. Prof. Francisco
Walcy Lobato Lima; E.E. Prof. Rodoval Borges; E.E. Prof. José Ribamar Pestana e Escola
Estadual Augusto Antunes.
Vol. 11/ Núm. 1 2024 pág. 143
A pesquisa investigação Uso das TIC’s no planejamento de Geografia, na percepção dos
professores do Ensino dio Estadual, no município de Santana/Amapá-Brasil, em 2023 Esta
investigação teve como base teórica autores como Moran (2000, 2019), Santos (2008, 2014).
Enfoque quantitativo e foi mensurada em três tópicos: Uso das TIC’s no planejamento de ensino
de Geografia, quanto ao conhecimento de base legal: LDB/96, PCN-EM/1999, OCEM/2006 e
BNCC- EM/2018; Uso das TIC’s no planejamento de ensino de Geografia, quanto à formação de
professores: formação inicial e formação continuada; Uso das TIC’s no planejamento de ensino
de Geografia, quanto à prática docente: otimização, diversificação e flexibilização.
Esta pesquisa de investigação teve o nível de profundidade descritivo. Com um desenho é
não experimental. A população da pesquisa foram os professores de geografia do ensino Médio
de 10 escolas que funcionam no municpio de Santana, estado do Amapá, em 2023. Como uma
amostra de 25 professores em 5 escolas de ensino médio que funcionam no referido município,
com amostragem Não probabilística por conveniência. Com a técnica de enquete impressa, com
instrumento de questionário fechado policotômico, com escala de nível de concordância: Nível1
Discordo totalmente; Nível 2 Discordo; Nível 3 Indiferente (ou neutro); Nível 4 Concordo; Nível
5 Concordo totalmente.
Análise dos dados
Os resultados deste estudo apresentam a análise dos dados obtidos na pesquisa empírica e
tem por objetivo interpretar os dados coletados, por meio do questionário policotômico fechado,
em escala de nível de concordância, para saber Qual a percepção dos professores de geografia do
Ensino Médio Estadual no município de Santana/Amapá-Brasil, em 2023 quanto ao uso das TIC’s
no planejamento de ensino? Os dados coletados são apresentados de forma estatística e por meio
gráficos, seguidos de sua interpretação.
Objetivo Específico 1: Evidenciar o uso das TIC’s no planejamento de ensino de
Geografia, quanto ao conhecimento de base legal: LDB/96, PCN-EM/1999, OCEM/2006 e
BNCC- EM/2018.
Vol. 11/ Núm. 1 2024 pág. 144
Gráfico 1
Uso das TIC’s no planejamento de ensino de Geografia, quanto ao conhecimento de base legal:
LDB/96, PCN-EM/1999, OCEM/2006 e BNCC- EM/2018
Fonte: Elaborado pela pesquisadora, 2023
De acordo com os dados coletados no tópico 1 - Planejamento de ensino de Geografia,
quanto ao conhecimento de base legal, desta investigação, 64% das respostas dadas mostraram
que a percepção dos professores de Geografia do Ensino Médio Estadual, ficou no nível 5
(concordaram totalmente), que o uso das TIC’s é eficaz no planejamento de ensino de Geografia.
Nesta investigação, o nível 4 (concordo) correspondeu a um percentual de 36%. Não houve neste,
resposta que indicasse que os professores investigados discordassem totalmente, discordassem ou
fossem indiferentes, níveis 1, 2 e 3.
Objetivo Específico 2: Identificar o uso das TIC’s no planejamento de ensino de
Geografia, quanto à formação de professores: formação inicial e formação continuada.
Gráfico 2
Uso das TIC’s no planejamento de ensino de Geografia, quanto à formação de professores:
formação inicial e formação continuada
Fonte: Elaborado pela pesquisadora, 2023
0% 0% 0%
36%
64%
0
10
20
30
40
50
60
70
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
Nível 1
discordo
totalmente
Nível 2
discordo Nível 3
indiferente
(ou neutro)
Nível 4
concordo Nível 5
concordo
totalmente
Planejamento de ensino de Geografia, quanto ao
conhecimento de base legal
0% 0% 0%
52% 48%
0
5
10
15
20
25
30
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
Nível 1
discordo
totalmente
Nível 2
discordo Nível 3
indiferente (ou
neutro)
Nível 4
concordo Nível 5
concordo
totalmente
Planejamento de ensino de Geografia, quanto à formação de
professores
Vol. 11/ Núm. 1 2024 pág. 145
Conforme as respostas dos professores de Geografia do EM, participantes da pesquisa, no
que se refere ao segundo tópico Planejamento de ensino de Geografia, quanto à formação de
professores, 48% das respostas indicaram que a percepção do professores de geografia ficou no
nível 5 (concordaram totalmente), que o uso das TIC’s é eficaz no planejamento de ensino de
Geografia, em função dos conhecimentos adquiridos na formação inicial ou continuada. 52% das
respostas indicaram que a percepção dos professores ficou no nível 4 (concordaram) que o uso
das TIC’s é eficaz no planejamento de ensino do professor de Geografia, em função dos
conhecimentos adquiridos durante a formação inicial ou continuada. Neste indicador não foram
obtidas respostas nos níveis 1, 2 e 3 de concordância utilizados na escala utilizada.
Objetivo Específico 3: Mostrar o uso das TIC’s no planejamento de ensino de Geografia,
quanto à prática docente: otimização, diversificação e flexibilização.
Gráfico 3
Uso das TIC’s no planejamento de ensino de Geografia, quanto à prática docente: otimização,
diversificação e flexibilização
Fonte: Elaborado pela pesquisadora, 2023
A partir dos dados obtidos no terceiro tópico Planejamento de ensino de Geografia, quanto
à prática docente: otimização, diversificação e flexibilização, foi possível registrar que 48% das
respostas dadas mostraram que a percepção dos professores de Geografia do Ensino Médio, ficou
no nível 5 (concordaram totalmente) que o uso das TIC’s é eficaz no planejamento de ensino de
Geografia como tecnologias que otimizam, diversificam e flexibilizam o referido planejamento.
48% das respostas ficou no nível 4 (concordaram) que o uso das TIC’s é eficaz no planejamento
de ensino como forma de otimizar, diversificar e flexibilizar o ensino de Geografia. 4% indicando
a percepção de três professores ficou no nível 3 (indiferente ou neutro). Neste tópico, não houve
respostas nos níveis 1(discordo totalmente) e 2 (discordo) da escala utilizada.
Objetivo geral: Demonstrar a percepção dos professores de geografia do Ensino Médio
0% 0% 4%
48% 48%
0
5
10
15
20
25
30
35
40
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
Nível 1
discordo
totalmente
Nível 2
discordo Nível 3
indiferente (ou
neutro)
Nível 4
concordo Nível 5
concordo
totalmente
Planejamento de ensino de Geografia, quanto à prática
docente: otimização, diversificação e flexibilização
Vol. 11/ Núm. 1 2024 pág. 146
Estadual no município de Santana/Amapá-Brasil em 2023, quanto ao uso das TIC’s no
planejamento de ensino.
Gráfico 4
Uso das TIC’s no planejamento de ensino
Fonte: Elaborado pela pesquisadora, 2023
Os dados obtidos nesta investigação demonstraram que 55% das respostas dadas pelos
professores Geografia ficou no nível 5 da escala utilizada, ou seja, que eles concordaram
totalmente que o uso das TIC’s é eficaz no planejamento de ensino de Geografia. O percentual
de 44% representou as respostas ficou no nível 4 (concordaram), que o uso das TIC’s é eficaz no
planejamento de ensino de Geografia em função dos conhecimentos registrados nos documentos
legais, na formação de professores e também os conhecimentos aplicados na prática docente
como forma de otimização, diversificação e flexibilização do ensino de Geografia. Houve um
percentual de 1% de resposta que ficou no nível 3 (indiferente ou neutro) sobre uso das TIC’s ser
ou não eficaz a partir dos tópicos estudados nesta investigação, Não houve nenhuma percepção
dos professores que ficou nos níveis 1(discordo totalmente) e 2 (discordo), que uso das TIC’s é
eficaz no planejamento de ensino de Geografia, da escala de concordância utilizada na pesquisa
empírica.
CONCLUSÃO
Esta investigação tinha como objetivo geral: Demonstrar a percepção dos professores de
geografia do Ensino Médio Estadual no município de Santana/Amapá-Brasil em 2023, quanto ao
uso das TIC’s no planejamento de ensino. Como suporte foram definidos três objetivos
específicos: 1. Evidenciar o uso das TIC’s no planejamento de ensino de Geografia, quanto ao
conhecimento de base legal: LDB/96, PCN-EM/1999, OCEM/2006 e BNCC- EM/2018; 2.
Identificar o uso das TIC’s no planejamento de ensino de Geografia, quanto à formação de
0% 0% 1%
44%
55%
0
20
40
60
80
100
120
140
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
Nível 1
discordo
totalmente
Nível 2
discordo Nível 3
indiferente (ou
neutro)
Nível 4
concordo Nível 5
concordo
totalmente
USO DAS TIC’S NO PLANEJAMENTO DE GEOGRAFIA
Vol. 11/ Núm. 1 2024 pág. 147
professores: formação inicial e formação continuada; 3. Mostrar o uso das TIC’s no planejamento
de ensino de Geografia, quanto à prática docente: otimização, diversificação e flexibilização.
Os dados coletados na investigação responderam à pergunta específica da investigação:
Qual a percepção dos professores de geografia do Ensino Médio Estadual no município de
Santana/Amapá-Brasil, em 2023 quanto ao uso das TIC’s no planejamento de ensino? Os
resultados evidenciaram que a percepção da maioria dos investigados ficou no nível 5,
(concordaram totalmente), percentual de 55%, que o uso das TIC’s é eficaz no planejamento de
Ensino de Geografia conforme o que preconizam os documentos norteadores - LDB-9394/96;
PCNEM/1999; OCEM/2006 e BNCC-EM/2018, bem como os conhecimentos adquiridos na
formação de professores e da prática docente enquanto ferramentas que otimiza, diversificam e
flexibilizam o ensino de Geografia. Houve um resultado de 44% das respostas que ficou no vel
4 (concordaram) que o uso das TIC’s é eficaz no planejamento de Ensino de Geografia, todavia,
como ainda tem professores que não usam as TICs em seu planejamento, 1% de resposta que
ficou no nível 3 (indiferente ou neutro).
Esse tema voltado para as TIC’s educacionais, aqui conceituadas como sendo o conjunto
de recursos tecnológicos para fins pedagógicos, dentro e fora da sala de aula de Geografia no
Ensino Médio, representou práticas inovadoras que facilitam e potencializam o planejamento de
Geografia e, por conseguinte, o desenvolvimento da aprendizagem.
Essa aquisição de conhecimento vai muito mais além da conquista de um bem cultural,
consiste, sobretudo, em uma prática social que faz com que o indivíduo, interaja com o mundo
expressando livremente sentimentos e realizando diversas ações. Neste contexto, depara-se com
um processo complexo, analisado em muitas perspectivas (geográfica, histórica, linguística,
dentre outras) e com vários enfoques (aluno, professor, métodos, meios e dentre outros). Presume-
se então, que se trata de um assunto de grande abrangência e relevância.
É importante que as instituições de ensino insiram em seus projetos políticos propostas
curriculares realizáveis. Onde, por meio da educação, a prática de intervenção social faça as
ligações concretas na vida do educando e que o auxilie na instauração de forças construtivas e
emancipatórias. Por isso, formar via um ensino reflexivo a nova geração de alunos pensantes, é
inseri-la no mundo do trabalho, da participação social, da cultura, não de forma ingênua,
mecânica, dogmática, mas por meio do conhecimento, do pensar por si, a partir de uma visão
crítica, criativa e criteriosa. A educação precisa ser comprometida o desenvolvimento e qualidade
da aprendizagem dos alunos.
Vol. 11/ Núm. 1 2024 pág. 148
REFERÊNCIAS
ALVES JUNIOR, José Vicente Alves; CARMO, Patrick Thadeu Espírito Santo; TRAVASSOS,
Luiz Carlos Panisset. Como o bom entendimento da relação entre motivação e
aprendizagem pode ser positivo no processo ensino-aprendizagem http://dx. doi.
org/10.15601/1983-7631/rt. v2n3p54-60. Revista Tecer, v. 2, n. 3, 2009.
BITTENCOURT, Priscilla Aparecida Santana; ALBINO, João Pedro. O uso das tecnologias
digitais na educação do século XXI. Revista Ibero-Americana de estudos em educação.
2019.
BONILLA, Maria Helena; PRETTO, Nelson. Movimentos colaborativos, tecnologias digitais e
educação. Em Aberto, v. 28, n. 94, 2015.
BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília, MEC/SEF,
1999.
Lei 9.394, de 20/12/1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial
da União. Brasília, 1998.
Ciências humanas e suas tecnologias / Secretaria de Educação Básica. Brasília: Ministério da
Educação, Secretaria de Educação Básica, 2006. 133 p. (Orientações curriculares para o
ensino médio; volume 3)
Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília/DF: MEC, 2018.
CHAVES, Eduardo OC. Tecnologia na educação. Enciclopédia de Filosofia da Educação, editada
por Paulo Ghirardelli, Jr, e Michal A. Peteres. Publicado eletronicamente em , p. 14, 1999.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 57ª ed. Rio
de Janeiro/São Pulo: Paz e Terra, 2018.
HETKWSKI, Tânia Maria. Dialética interna: tecnologias da informação e comunicação e
formação de professores p. 227-250 In: NASCIMENTO, Antonio Dias; HETKOWSKI,
Tânia Maria (Org.). Educação e contemporaneidade: pesquisas científicas e tecnológicas
[online]. Salvador: EDUFBA, 2009, 400 p. Disponível em: . Acesso em: 20 out. 2023.
JULIANO, Andréa Nóbrega; LAURINO, Débora Pereira; SILVA, Simone Silveira. Atividades
lúdicas inclusivas junto a alunos com deficiência intelectual nas aulas de Ciências.
Cadernos do Aplicação, v. 34, n. 2, 2021.
KUENZER, Acácia Z. As novas bases materiais de produçăo e a educaçăo dos trabalhadores.
Conferęncia proferida no Coned, Belo Horizonte, jul./ago. 1998.
LÉVY, Pierre. O que é virtual? Trad. Paulo Neves. São Paulo, Ed. 34, 1996.
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2013.
LIMA, Sara Pimenta, PINHEIRO, Maria Gracilene de Carvalho e FOGAÇA, Diego. O uso das
tecnologias digitais no ensino de geografia: inventário de práticas publicadas entre 1999-
2020 em periódicos da área de ensino. Revista Ensino de Geografia (Recife) V, v. 4, n. 2,
Vol. 11/ Núm. 1 2024 pág. 149
2021.
MORAIS, Gelcivânia Mota Silva. Novas tecnologias no contexto escolar. Comunicação &
Educação, n. 18, p. 15-21, 2000.
MORAN, José Manuel. Ensino e aprendizagem inovadores com tecnologias. In: Informática na
Educação: Teoria & Prática. Porto Alegre, v.3, n.1, set. 2000. UFRGS. Programa de Pós-
Graduação em Informática na Educão, pág. 137-144. Disponível em:
https://seer.ufrgs.br/InfEducTeoriaPratica/article/download/6474/3862 . Acesso em: 16
jun. 2023.
José Manuel, MASETTO, Marcos T. & BEHRENS, Marilda Aparecida. Novas tecnologias e
mediação pedagógica. 23ª Ed. São Paulo: Papirus, 2019.
NETO, F. J. S. L. Tecnologia educacional. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais (INEP). Brasília, ano 1, n.7, jun. 1982. 46 p.
RUSSO, Miguel Henrique. Planejamento e burocracia na prática escolar: sentidos que assumem
na escola pública. RBPAE, v. 32, n. 1, p. 193 - 210 jan./abr. 2016.
SANTOS, Milton. Metamorfoses do espaço habitado: fundamentos teóricos e metodológicos da
geografia. Edusp Edição 6ª Data de publicação 22 junho 2014.
M. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. 16ª ed. Record. Rio
de Janeiro: 2008.